sexta-feira, 14 de novembro de 2014

São Paulo x Internacional 35a Rodada Brasileirão

               Nesta quarta-feira dia 12 de novembro tivemos o adiantamento do jogo da 35a rodada do Campeonato Brasileiro entre São Paulo e Internacional, o São Paulo lutando para se aproximar do líder Cruzeiro e o Internacional para se classificar para Libertadores e se recuperar da derrota humilhante do Gre-Nal 403.
            O São Paulo jogou no tradicional 4-4-2 brasileiro, tradicional porque hoje o São Paulo tem dois articuladores, Kaká e Ganso que ainda nos fazem lembrar os meio campistas de antigamente, que jogavam mais "parados" pensando o jogo, o que hoje em dia estes "solistas" não tem mais espaço no futebol onde a velocidade é fundamental. Neste fator está o sucesso de Muricy, em, com estes jogadores fazer um meio campo competitivo, mantendo Kaká e Ganso participativos sem a bola e "ligados" com ela. O próprio  Muricy admitiu que não joga da maneira que gostaria ou seja o "Muricy-ball", o 3-5-2 de muita marcação e velocidade que consagrou o treinador multicampeão, mas também lhe rendeu o apelido, sinônimo de futebol feio. Então Muricy se vê "obrigado" a montar um time bem melhor, na minha opinião, que joga um futebol bem brasileiro, com laterais ofensivos e dois volantes Denílson, (ex-Arsenal) e Souza que sabem jogar quanto defender. No ataque, com a ausência de Pato lesionado, Luis Fabiano volta de lesão e está em grande fase, juntamente com Alan Kardec uma eterna promessa, que se tornou um jogador eficiente.
              O jogo foi duro para o São Paulo, e duro de ver no primeiro tempo, porque, com o desfalque do lateral esquerdo Alvaro Pereira, Muricy colocou Michel Bastos lateral esquerdo de origem, mas que há muito tempo vem atuando do meio para frente, na lateral direita colocou o volante Hudson, os volantes Souza e Denilson, com Souza saindo mais para o ataque, Ganso e Kaká no meio e L. Fabiano e Alan Kardec no ataque, em 4-4-2 bem ofensivo para quem precisava dos três pontos, só que. o Internacional, desfalcado de D'Alessandro e Araguíz, veio com um ferrolho, um 3-4-2-1 três zagueiros, Hernando, Paulão e Alan, dois laterais W.Silva e Fabrício, dois volantes defensivos, Bertoto e Ygor, dois meias Alex e Jorge Henrique e Nilmar isolado na frente, isto fez com que Ganso e Kaká parassem nos volantes, e Alan Kardec e Luis Fabiano nos três zagueiros, as melhores chances do São Paulo se originaram do recuo de Luis Fabiano que voltou e conseguiu criar e da aproximação de Hudson e Alan Kardec pela direita, mas o São Paulo parou na parede vermelha e no goleiro Alisson de grande atuação. O Internacional contra atacava com velocidade, mas sem criar perigo e se utilizou da bola parada para fazer o gol, em impedimento, e abrir o placar.
              No segundo tempo Abel insatisfeito com a atuação de W.Silva, colocou Gilberto em seu lugar e inverteu Alex e J.Henrique que cuidava das subidas de Hudson, foi desta alteração que nasceu o gol do São Paulo, em que Hudson teve liberdade, dada por Alex com dificuldades para recompor, para cruzar e Luis Fabiano empatar o jogo. Não vi problemas defensivos no Internacional pelo lado direito no primeiro tempo, até era o setor onde o Internacional levava vantagem e atacava até com escapadas do zagueiro Hernando, e sim pelo esquerdo, mas Abel mexeu onde não devia e facilitou a vida do São Paulo.
             Muricy, ainda tentou virar o jogo, colocando o atacante Osvaldo no lugar de Ganso e o lateral direito Auro no do improvisado Hudson, para explorar o lado de Alex, mas Abel colocou o jovem atacante Taiberson, que fexou o espaço que Alex deixava. Fabrício ainda foi espulxo por reclamação aos 46' do 2º T, mais nada aconteceu.

Distribuição do São Paulo em Campo.



Distribuição do Internacional em Campo.







              

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Trabalho Tático: GreNal 403

Trabalho Tático: GreNal 403:         A derrota do Internacional no Grenal (403) por 4x1 na Arena, este domingo, evidencia erros táticos conceituais de Abel Braga sobr...

GreNal 403

        A derrota do Internacional no Grenal (403) por 4x1 na Arena, este domingo, evidencia erros táticos conceituais de Abel Braga sobre o esquema utilizado, que não usa com eficiência os jogadores que tem de melhor e não aprimora a organização defensiva onde seus jogadores são limitados.
      Abel Braga montou sua equipe no 4-2-3-1,
com a proposta de dois laterais no apoio, W.Silva pela direita e A. Ruchel pela esquerda, que não mostraram qualidade para o apoio, não havendo jogada de linha de fundo e sobrecarregando a defesa com a insistência de jogadas do adversário as costas dos laterais. Com o trio Alan Patrick, Alex e D'Alessandro jogadores de técnica e criatividade, que centralizam demais as jogadas, facilitando a marcação e não chegam, ou raramente chegam a linha de fundo, quando o fazem, é com lentidão, tornando o time previsível e Nilmar não recebe bolas suficientes, principalmente por estar muito enfiado entre os zagueiros. Willians é um volante com forte marcação e uma saída de bola limitada, porém esta que deve ser feita por Aranguíz, em revezamento com Alex e D'Alessandro, porém ocasionando lentidão na chegada a frente pois quando um desses recua a jogada deve ser invertida para o meia adiantado o que nem sempre acontece pois Abel aposta nos laterais que não dão conta do recado. Falta ainda maior comprometimento defensivo e ocupação de espaços pelos jogadores do meio para frente. A lesão de Eduardo Sasha prejudicou bastante o Internacional que tinha encontrado um escape de velocidade, temos Valdívia mas Abel parece não contar com o jovem para a titularidade.



 

              

      Já o Grêmio que venceu foi montado por Felipão num 4-2-3-1, a mesma tática de Abel Braga, porém com uma estratégia diferente e uma melhor utilização dos jogadores que tem nas mãos. Com uma linha defensiva segura, onde os laterais Pará e Zé Roberto, só sobem "na boa", pois não são responsáveis pelas jogadas de linha de fundo, responsabilidade essa dos velozes Luan e Dudu, que acrescentam profundidade a esse esquema funcionando melhor com velocidade pelas pontas, esquema esse utilizado pela maioria dos grandes times do mundo. Os três volantes Felipe Bastos, Walace e Ramiro dão consistencia necessária para uma marcação forte e mesmo tendo menos criação garantem a roubada de bola que faz com que o adversário seja insistentemente atacado pelos lados do campo. Barcos um pouco mais recuado fugindo a marcação dos zagueiros consegue prender a bola e ajudar o meio na criação. Soluções inteligentes encontradas por Felipão para montagem do time, esta estratégia e maneira de jogar foram fundamentais para a vitória e para que o espírito de luta dos jogadores se convertesse em resultado positivo. A entrada de Alan Ruíz, no lugar de Luan não mudou o desenho tático do Grêmio, que continuou a explorar ainda mais os espaços dados pelo Internacional após a entrada de Rafael Moura e a saída de Alan Patrick, mesmo com o gol e uma rapida mobilização do Inter, o 4-4-2 losango montado no meio deu liberdade a Pará e Zé Roberto, e o Grêmio passou então a dominar ainda mais completamente o jogo.